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Crise invisível da qualidade da água
22/08/2019

Crise invisível da qualidade da água


A crise invisível da qualidade da água ameaça o bem-estar humano e ambiental, segundo relatório do Banco Mundial.

Fumo na água
Em algumas regiões, os rios e lagos encontram-se tão poluídos que estão, literalmente, a pegar fogo. Os principais exemplos incluem o Lago Bellandur, em Bangalore, na Índia, que transportou cinzas para prédios até seis quilómetros de distância.
O estudo do Banco Mundial “Qualidade Desconhecida: A Crise da Água Invisível” lança novas luzes sobre como este processo está a ocorrer, usando o maior banco de dados global sobre qualidade da água, reunindo estações de monitorização, tecnologia de sensores remotos e ferramentas mecânicas.
O relatório argumenta que, sem ações urgentes, a qualidade da água continuará a deteriorar-se, afetando a saúde humana, reduzindo drasticamente a produção de alimentos e, consequentemente, atrasando o progresso económico.

Fome de oxigénio
A estimativa do relatório que prevê um corte de um terço no potencial económico das regiões afetadas, devido à baixa qualidade da água, é baseada na Demanda Biológica de Oxigênio (DBO), que é uma medida da quantidade de oxigênio necessária para remover matéria orgânica residual através da decomposição, por bactérias que vivem em ambientes que contém oxigênio.
Assim que a DBO atinja um certo limite, o crescimento económico em áreas a jusante da água poluída cai até um terço, devido aos impactos negativos na saúde, agricultura e ecossistemas.

O problema do nitrogénio
O uso de nitrogénio como fertilizante na agricultura é apontado como particularmente problemático quando se trata de manter a qualidade da água. O nitrogénio entra nos rios, lagos e oceanos, onde se transforma em substâncias conhecidas como nitratos.
Os nitratos são prejudiciais para as crianças, afetando o seu crescimento e desenvolvimento cerebral. O estudo afirma que para cada kg adicional de fertilizante de nitrogénio por hectar que entra no suprimento de água como nitratos, o nível de nanismo infantil pode aumentar até 19%, em comparação com aqueles que não estão expostos.

Salinidade também é problema
O aumento da salinidade na água, uma consequência de secas mais intensas, tempestades e aumento da extração de água, também está sob escrutínio, como um fator que está a tornar a terra menos produtiva na agricultura. O relatório estima que o mundo está a perder alimentos suficientes para alimentar 170 milhões de pessoas a cada ano - o equivalente à população de Bangladesh - devido ao aumento da salinidade.
A fim de enfrentar esses desafios, o Banco Mundial pede que seja dada atenção imediata a esses perigos, que enfrentam países desenvolvidos e em desenvolvimento, a nível global, nacional e local.

Que medidas devem ser tomadas?
O relatório recomenda um conjunto de ações que os países podem adotar para melhorar a qualidade da água, incluindo a melhoria das políticas e normas ambientais; monitorização precisa dos níveis de poluição; sistemas eficazes de fiscalização; infra-estruturas de tratamento de águas apoiadas com incentivos para investimento privado e divulgação de informações confiáveis e precisas para as famílias, a fim de inspirar um maior comportamento cívico.

Fonte: UN News

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