Obama sublinha impacto das alterações climáticas
O ex-presidente norte-americano reconhece a dificuldade da tarefa, mas acredita que "ainda é possível juntar os países numa agenda comum" em torno das alterações climáticas. A começar pelos EUA, que há um ano resolveram abandonar o Acordo de Paris por decisão de Donald Trump, a quem o ex-líder americano não poupou referências críticas nesta passagem pelo Porto.
Outro facto que assinalou nos 56 minutos em que pisou o palco do Coliseu - que no passado dia 6 de Julho, recebeu a Climate Change Leadership Porto Summit 2018 - é "tantas empresas começarem a aperceber-se que [a proteção do ambiente] é boa para os seus resultados e para criação de empregos, notando que "este interesse comercial" é relevante para prosseguir o combate às alterações climáticas".
Obama lembrou que este tema "afeta os negócios agora ou no futuro, afeta as economias em todo o mundo". Reclamou que os impactos têm de começar a ser medidos de forma mais eficaz e estes custos "monetizados", pedindo aos empresários para se juntarem nesta luta e começarem a "exercer influência política para que os governos ataquem este problema".
"É importante para as empresas publicitarem os impactos das alterações climáticas. Para o público em geral é difícil explicar, em termos abstratos, que não é bom para o planeta estar mais quente num dia como hoje. É preciso colocar números nas perdas e nos custos de adaptação, por exemplo. Esses dados existem, mas não são conhecidos. É preciso dizer que isto vai afetar a competitividade económica e trazer perdas de milhões e milhões", resumiu.
Fonte: Jornal de Negócios