Portugal vai apostar a sério nos resíduos biodegradáveis
O destino dado ao lixo que produzimos lá em casa vai mudar substancialmente nos próximos anos.
Em ritmos e em condições diferentes, conforme habitem em zonas mais ou menos urbanizadas, os portugueses vão ter de aprender a separar melhor e, principalmente, a deixar de olhar apenas para as embalagens de plástico, cartão e vidro.
Os nossos resíduos orgânicos, habitualmente depositados no meio do chamado “lixo indiferenciado” têm um potencial de valorização enorme e, dos 700 milhões de euros de investimentos previstos para este setor, nos próximos anos, mais de 400 milhões serão usados para captar esse potencial, reduzindo a uma fração mínima o que vai para aterro.
Num momento em que, na Europa e em Portugal a Economia Circular entrou na agenda - obrigando a que a maior parte possível deste nosso “lixo” seja olhado como um recurso a reintroduzir no circuito económico - separar os designados Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB), retirando-os daquilo a que chamamos o lixo indiferenciado, tem múltiplos impactos positivos.
O PERSU 2020+ aponta para estimativas de investimento de 477,5 a 700 milhões de euros no sector, boa parte dos quais até 2023, ano em que as metas europeias voltam a apertar face às atuais.
Fonte: Público